Veterinária explica a diferença de causas naturais e patológicas e como é possível tratar
Mesmo fazendo parte da experiência de ter um pet em casa, é estressante e desagradável um ambiente cheio de pelos. Além do desconforto, um alerta é acionado, será que o pet está bem?
Esse talvez seja o principal dilema vivido nas casas onde existem animais. Mesmo sendo algo totalmente irrelevante comparado a alegria e amor que eles dão, ninguém se sente totalmente à vontade com a situação, inclusive por pessoas que sofrem com problemas respiratórios e alérgicos, além da preocupação com a saúde dos pets. Será a alimentação, a troca de estação, algum problema hormonal, problemas na pele? Enfim, muitas dúvidas começam a pairar.
A Dra. Caroline Mouco, diretora da rede de serviços veterinários Vet Popular, conta que na rotina do hospital, não importa qual o tipo de consulta, essa é sempre uma pergunta que surge durante o atendimento. “Mesmo sendo algo que os tutores enfrentam desde que o mundo é mundo, ainda é uma dúvida e preocupação constante – comenta Carol”.
A queda é dividida em duas causas, as naturais e as patológicas. As que são consideradas naturais e fazem parte do ecossistema do animal podem ser ocasionadas por alguns fatores, como: o ciclo folicular, igual a nós humanos, troca de estação, velhice animal, cio em fêmeas, gestação e amamentação. Já as patológicas devem ser avaliadas por um profissional. Os sinais de que algo está errado no processo de queda são: falhas localizadas, lesões, descamação, rarefação de pelos e coceiras, entre outros bem específicos.
Assim que é identificado o aumento de perda de pelo, os tutores devem atentar-se e corrigir coisas simples do dia a dia. “A troca de estação é um dos responsáveis pela queda, além do ciclo natural que todo animal possui” – comenta Carol.
Outro fator importante e fácil de identificar é a alimentação. Qual o tipo de alimentação e qualidade da ração que o animal está recebendo? Quais são os mimos, como por exemplo os petiscos, que você está oferecendo ao pet? Eles também podem ser os responsáveis pela queda de pelo, por isso não é recomendado partilhar o que estão comendo.
Outro detalhe importante é a higienização do animal e do local onde ele mais fica. Dar banho a cada 15 dias, manter a caminha e o local onde ele repousa limpos, trocar a água, lavar os potes e brinquedos e trocar o shampoo que o pet usa, são dicas importantes para cuidar da higiene e saúde do animal. Além disso, alguns minutinhos no sol podem ajudar a sanar esse problema. “A absorção de vitamina D é muito importante, por isso, deve-se garantir banhos de sol regulares”, conclui a veterinária.
Se ajustando todos esses detalhes o pelo continuar a cair em grande quantidade, é recomendado buscar ajuda especializada imediatamente. As causas podem estar relacionadas à alergias alimentares, deficiências nutricionais, problemas hormonais, parasitas e fungos, sarnas e principalmente ao estresse. Alguns destes problemas podem comprometer a saúde do animal, agravando seu estado e em alguns casos levando a óbito. Nestes casos, após a avaliação e o checkup o veterinário conseguirá sugerir o tipo de tratamento mais indicado para o pet.
É importante ressaltar que a queda sempre vai existir, por isso, o tutor precisa relaxar e considerar que aqueles pelinhos pela casa são parte da vida de um ser que compensa tudo a cada gesto e troca de afeto.