Piometra – MV. Camila Thais Carvalho

O QUE É?
Piometra é o acúmulo de pús no interior do útero que pode ser classificada em aberta ou fechada. A aberta é quando há secreção vaginal (saindo pus pela vagina) e a piometria de cérvix fechada é quando não há drenagem de líquido pela vulva, que é a forma mais grave da doença, ou seja: o útero possui alguma anormalidade e por algum motivo entrou uma bactéria dentro do útero. Essa bactéria tem tendência a se multiplicar e isso acaba gerando a presença de pus! Esse pus não é desejado pelo organismo e ele tenta eliminar, aparecendo essa secreção na vulva da cadela. Infelizmente, existem algumas situações em que não há possibilidade desse líquido com pus sair e fica acumulando dentro do útero, podendo inclusive causar o rompimento do órgão, causando a morte do animal.

O QUE CAUSA?
Está associado a infecção bacteriana (geralmente a Escherichia coli) e ação dos hormônios progesterona e estrógeno (naturais  ou artificiais). Os anticoncepcionais aplicados em cadelas e gatas predispõem o aparecimento da piometra, entre outras doenças.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
As principais manifestações clínicas são: tristeza, falta de apetite, vômito e dor abdominal. Durante o exame físico do paciente, observamos abdômen grande e com dor ao palpar, secreção vulvar, febre, distúrbios de pressão arterial etc.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?
O diagnóstico é feito através da anamnese completa, exame físico do paciente, exame de imagem, como a ultrassonografia abdominal (onde podemos evidenciar a presença de líquido dentro do útero e o seu tamanho), exames de sangue gerais (inclusive para avaliar se a paciente se encontrará passível de um procedimento cirúrgico se for positivo para piometria).

QUAL É O PROGNÓSTICO?
Pensando na resolução do quadro após o diagnóstico, podemos dizer que o prognóstico se dá da seguinte maneira: Se a afecção estiver no estágio inicial o prognóstico é bom. Se a afecção estiver em estágio mais avançado, com comprometimento dos órgãos do paciente o prognóstico torna-se reservado (ou seja, precisaremos acompanhar para saber se existirá ou não a melhora).
Infelizmente é uma das doenças com maior incidência de óbito em cadelas, pois muitas vezes a paciente demora a ter sinais clínicos e/ou não tem secreção vaginal, camuflando assim a doença. Cerca de cinco a 8% dos pacientes morrem apesar da terapia apropriada, especialmente se houver ruptura do útero por conta da distensão uterina excessiva.

QUAL É O TRATAMENTO?
A conduta mais eficiente, adequada e mais frequentemente realizada é a ovariosalpingohisterectomia (castração) e outras medicações necessárias como medicações para dor, febre, controle de infecção etc.