Veja como solucionar problemas com viagens, passeios, festas e outros eventos que podem estressar seu pet.
Para muitos o período de férias é um dos melhores momentos do ano, mas para o pet começa uma fase estressante e instável. Além das viagens de carro que geralmente deixam o animal enjoado, existem as situações de socialização em ambientes que não são familiares, como casa de parentes, hotelzinho, entre outros. Somado a isso também estão expostos aos fogos de artifício, tradicionais nessa época do ano, que deixam os animais completamente assustados.
Pensando nisso, a Dra. Caroline Mouco Moretti do Hospital Veterinário Vet Popular, listou 5 dicas indispensáveis para tornar esse período ainda mais divertido para os tutores e agradável para os pets.
- Como preparar os pets para longas viagens terrestres e aéreas;
Em percursos terrestres é muito comum que os animais enjoem, por isso, se o tutor gosta de pegar a estrada, o ideal é habituar o pet desde filhote a passear de carro. Pode iniciar dando algumas voltinhas curtas até que ele se acostume. Além disso, é importante manter os itens de segurança específicos como: cinto de segurança para pets ou caixa de transporte para evitar que se machuquem em acelerações ou freadas bruscas.
Outra dica importante para evitar os enjoos é manter a temperatura fresca no carro, principalmente para os dias quentes e, também, evitar de alimentá-lo algumas horas antes da viagem. Pausas durante a viagens longas são importantes para diminuir o stress do percurso e para que o animal possa fazer as necessidades fisiológicas. Converse com o médico veterinário para orientações sobre antieméticos (medicação que evita o vômito).
Em trajetos aéreos é possível optar, de acordo com o peso, se o animal irá na cabine junto ao dono ou no compartimento de cargas. Neste caso, as caixas ou bolsas precisam ter espaço para o animal se mover, mudar de posição, dar a volta em torno de si mesmo e tombar para o lado. A maioria das companhias exigem idade mínima 4 meses para embarque e peso máximo de 10 kg, incluindo a caixa de transporte. A recomendação é que o tutor identifique o seu animalzinho com todos os dados e telefone em uma coleira, atestado de saúde válido por 10 dias após a emissão e a carteira de vacinação contendo a vacina, lote e fabricante. É importante que antes de viajar, o tutor verifique com a companhia e o lugar de destino, quais as documentações necessárias de cada um, que normalmente variam. Não é indicado para animais braquicefálicos viajar nos porões.
- 2 – Obrigatoriedades do Tutor
Cães de pequeno porte em carros de passeio, devem ser transportados sempre no banco de trás em cadeiras apropriadas, caixas de transportes e/ou cinto peitoral. Segundo o Código Brasileiro de Trânsito, viajar com pets com a cabeça na janela, no colo ou nas partes externas do veículo, resultam em multa e penalidades ao condutor. Cães de grande porte devem ser transportados nas carroceiras dos carros, devidamente abrigados em caixas de transportes adaptadas ao tamanho dele. Já os gatinhos, devem ir sempre em caixas de transporte.
Outro item obrigatório é a carteira de vacinação. As obrigatórias em cães e gatos são as antirrábicas, que são exigidas tanto em viagens nacionais quanto nas internacionais. As vacinas recomendadas para os cães são as múltiplas (V8 ou V10) e para os gatos, as múltiplas são V3, V4 ou V5. Para os cães, existem as vacinas opcionais: gripe, giárdia e leishmaniose.
- 3- Como controlar a ansiedade e socializar o pet com outros animais
Para diminuir a ansiedade do animal fora de casa, o ideal é que o tutor abuse dos passeios e não deixe o bichinho sozinho por muito tempo em um local que é desconhecido para ele. Outra dica legal é deixar brinquedos e algum pertence do tutor que ele sinta o cheiro e não se sinta tão sozinho. Procure deixá-lo num ambiente confortável!
Se há outros animais desconhecidos no ambiente, é muito importante que a socialização seja feita sempre sob supervisão. O correto é que seja feita em uma área ampla em um ambiente calmo, sem que haja a disputa entre comida e brinquedos, por exemplo. Se a socialização se tornar inviável devido à agressividade de algum animal, o ideal é realizar passeios e brincadeiras individuais a fim de evitar brigas.
- 4- Fogos de artifício
É possível preparar um ambiente para minimizar o estresse durante a queima de fogos. Manter portões e janelas fechadas e com proteção em frestas para que não haja fuga e evitar que se machuquem são essenciais. Escolha um cômodo onde é possível deixar um som ambiente para ofuscar os ruídos, coloque proteção com algodão nos ouvidos, brinquedos e, principalmente a presença de alguém durante o período.
Existe uma técnica de amarrar um tecido em pontos específicos do corpo do cão, que oferece tranquilidade e segurança. Em casos mais graves, converse com o médico veterinário, pois em alguns pacientes, pode ser necessário o uso de medicações específicas ou florais para ajudá-lo a se acalmar!
- 5- Faça uma consulta médica antes de viajar
É necessário levar o animal para uma consulta e garantir todas as vacinas, atestado de saúde e identificar se há necessidade de medicações especificas para enjoo e estresse. É indicado manter o animal com a proteção contra os ectoparasitas independente da época do ano, mas principalmente no verão onde acontece com mais facilidade infestações por pulgas e carrapatos causando doenças severas nos animais.
As doenças mais comuns nesse período de férias e verão são as gastroenterites alimentares que ocasiona diarreias e vômitos, além da hipertermia em dias muito quentes que o animal faz exercícios ou fica restrito em locais sem ventilação. A temperatura do corpo do pet se eleva causando problemas respiratórios, diarreias, vômitos, fraqueza especialmente em cães braquicefálicos e com pelagem densa, pois eles têm dificuldade para regular a temperatura corporal. Por isso, recomendam cuidado e atenção, inclusive aos horários que escolhem fazer atividades com os pets.
Tomando essas precauções, as férias do pet podem ser tão divertidas quanto a dos seus tutores, estreitando ainda mais os laços